top of page

Até Quando Tenho Que Pagar Pensão?

  • Foto do escritor: Patrícia de Castro
    Patrícia de Castro
  • 29 de nov.
  • 6 min de leitura

Não é só até os 18. Mas também não é pra sempre.

Pai e advogados conversando em um escritório sobre pensão alimentícia.
Entender seus direitos é o primeiro passo para evitar problemas com a pensão.

A dúvida que preocupa muitos pais

É comum que muitos pais e responsáveis se perguntem, em algum momento: “Até Quando Tenho Que Pagar Pensão?”A dúvida surge principalmente quando o filho está crescendo, se aproximando da maioridade ou iniciando estudos superiores. Afinal, ninguém quer deixar de cumprir uma obrigação legal, mas também não quer pagar mais do que o necessário.


Essa preocupação é totalmente normal, porque a pensão alimentícia envolve tanto responsabilidade quanto planejamento financeiro. Além disso, existem regras, exceções e situações que podem prolongar ou encerrar o pagamento, dependendo da idade do filho, da sua condição de dependência e até mesmo do acordo judicial estabelecido.


Neste artigo, vamos esclarecer de forma clara e prática até quando é preciso pagar pensão, quais são as situações que podem estender ou encerrar a obrigação e o que fazer para agir dentro da lei, sempre protegendo o bem-estar do filho e evitando surpresas desagradáveis.


O que é pensão alimentícia e por que ela existe

A pensão alimentícia vai muito além de dinheiro no bolso: ela é um direito fundamental do filho e serve para garantir o que ele precisa para crescer com saúde, estudar e ter qualidade de vida. Alimentação, moradia, vestuário, transporte, lazer e até atividades extracurriculares podem ser incluídas no cálculo da pensão, sempre considerando o bem-estar do menor.


Ela existe porque os pais têm a obrigação legal e moral de cuidar de seus filhos, independentemente de estarem juntos ou separados. Ou seja, pagar pensão não é um favor — é cumprir um dever previsto na lei, garantindo que a criança ou adolescente tenha seus direitos atendidos, mesmo quando um dos responsáveis não mora com ela.


Portanto, a pensão alimentícia não deve ser vista apenas como uma obrigação financeira, mas como uma forma concreta de proteger, cuidar e investir no futuro do filho.


Pensão para filhos menores

Para filhos menores, a regra geral é clara: a obrigação de pagar pensão dura até que a criança ou adolescente complete 18 anos. Durante esse período, o responsável deve garantir o sustento, a educação, a saúde e o bem-estar do filho, sempre de acordo com suas necessidades.


No entanto, a lei também prevê situações em que a pensão pode se estender além da maioridade. Por exemplo, se o filho estiver cursando ensino superior, técnico ou profissionalizante, o pagamento pode continuar enquanto ele depender economicamente do responsável. Outra possibilidade é quando o filho possui incapacidade física ou mental que o impede de se sustentar sozinho.


É importante lembrar que o valor da pensão sempre deve ser proporcional às necessidades do filho e à capacidade financeira de quem paga. Ou seja, não se trata de um valor fixo, mas de um equilíbrio que permita ao menor viver de forma digna, sem comprometer exageradamente a vida do responsável.


Em resumo, a pensão para menores é uma obrigação contínua e flexível, que acompanha o crescimento da criança e se ajusta às suas necessidades e à realidade financeira da família.


Pensão para filhos maiores de idade

Muitas vezes, a dúvida surge quando o filho atinge a maioridade: será que a pensão continua? A resposta depende da situação concreta de cada família. Embora a obrigação básica termine aos 18 anos, o pagamento pode continuar se o filho ainda depender economicamente do responsável.


Um dos casos mais comuns é quando o jovem está cursando faculdade, curso técnico ou qualquer formação profissional que exija tempo e dedicação, impedindo-o de se sustentar sozinho. Outra situação é quando o filho apresenta incapacidade física ou mental, tornando a dependência econômica permanente.


A lei permite que o valor e a duração da pensão sejam revisados judicialmente sempre que houver mudança na situação do filho ou do responsável. Por exemplo, se o filho começar a trabalhar e gerar renda própria, ou se a necessidade financeira diminuir, o pagamento pode ser reduzido ou encerrado.


Na prática, isso significa que cada caso é único: um estudante universitário que depende do auxílio dos pais pode continuar recebendo pensão, enquanto outro que concluiu os estudos e conseguiu emprego já não terá direito. O ponto central é garantir que o filho tenha sustento enquanto realmente precisar, mas sem prolongar a obrigação além do necessário.


Jovem universitário estudando com notebook e livros, representando dependência econômica.
 Filhos que estudam na universidade podem ter direito à continuidade da pensão.

Extinção ou redução da pensão

Chega um momento em que a obrigação de pagar pensão pode ser encerrada ou reduzida, e isso nem sempre é automático — embora existam situações que encerram o pagamento de forma natural. Entre elas estão: o filho atingir a maioridade, conquistar independência econômica, casar-se ou formar uma união estável. Nesses casos, a lei entende que ele já não depende financeiramente do responsável.


Quando não há situação clara ou há necessidade de ajuste no valor, é possível solicitar judicialmente a revisão ou extinção da pensão. Para isso, é importante apresentar documentos que comprovem a mudança na situação do filho, como comprovante de matrícula em universidade, carteira de trabalho, holerites, declaração de renda ou qualquer prova de que ele já se mantém sozinho.


O processo de revisão ou extinção deve ser feito de forma formal, com o acompanhamento de um advogado, garantindo que todos os direitos do filho sejam respeitados. Assim, o responsável cumpre a obrigação legal sem pagar além do necessário, e o filho continua protegido enquanto realmente precisar.


Situações especiais

Existem situações em que a pensão alimentícia precisa ser avaliada com atenção extra, porque fogem da regra padrão. Um exemplo importante são os filhos com deficiência ou incapacidade permanente. Nesses casos, a obrigação de pagar a pensão pode se estender por toda a vida, já que a dependência econômica é contínua, e o valor deve ser suficiente para suprir todas as necessidades do filho.


Outra situação que exige cuidado é quando há mudança na renda do responsável. Se a renda aumenta, é possível pedir judicialmente um ajuste no valor da pensão para que o filho receba um sustento condizente com a capacidade do responsável. Da mesma forma, se a renda diminui, também é possível solicitar a redução da obrigação, evitando que o pagamento se torne insustentável.


Por fim, nos casos de guarda compartilhada ou acordos extrajudiciais, o cálculo e o pagamento da pensão podem seguir regras diferenciadas, levando em conta o tempo de convivência, despesas assumidas por cada responsável e as necessidades do filho. Mesmo nesses casos, é importante formalizar tudo por escrito ou judicialmente, garantindo segurança jurídica para ambas as partes.


Situações especiais exigem flexibilidade, observação das necessidades do filho e orientação profissional, para que a pensão seja justa, adequada e legalmente segura.


Pessoa organizando documentos para revisão judicial de pensão alimentícia.
Mudou a renda? A revisão judicial pode ajustar o valor da pensão.

Consequências de não pagar ou atrasar

Deixar de pagar pensão ou atrasar os depósitos pode trazer sérias consequências legais. A lei prevê que valores em atraso podem gerar mora e juros, e, em casos mais graves, o responsável pode ter o salário bloqueado ou até ser preso para garantir o pagamento. Ignorar a obrigação pode resultar também em restrições de crédito e em problemas jurídicos que se acumulam rapidamente.


Além do aspecto legal, atrasos ou descumprimento da pensão podem prejudicar a relação com o filho, causando tensão e afetando o vínculo afetivo. Por isso, é fundamental agir de forma organizada, cumprir os prazos e manter comunicação clara com o outro responsável sempre que houver mudanças na situação financeira.


Dica prática: manter comprovantes, planejar pagamentos e, se houver dificuldade temporária, buscar revisão judicial antes de atrasar a pensão. Assim, você protege o filho, evita problemas legais e preserva uma convivência saudável entre todos os envolvidos.


Pagar pensão é responsabilidade, mas com limites

No fim das contas, pagar pensão é uma forma concreta de exercer o cuidado parental. É responsabilidade, compromisso e respeito ao direito do filho de crescer com dignidade. Mas essa obrigação também tem limites — seja pela maioridade, pela autonomia financeira ou por situações que permitam ajustar o valor.


O importante é lembrar que, por trás de cada decisão, existe uma criança ou jovem que depende dos adultos para ter estabilidade e segurança emocional. Cumprir a obrigação dentro da lei não é apenas evitar problemas: é garantir que o filho tenha o que precisa para seguir seu caminho.


Tem dúvidas sobre prazos, revisão ou extinção da pensão? Procure orientação jurídica especializada. Aqui na Ohana Direito das Famílias, a gente te ajuda a entender tudo com leveza, clareza e segurança.


Se esse tema ainda parece confuso, eu gravei um vídeo direto ao ponto, com exemplos práticos e explicação clara para você entender exatamente quando a pensão continua, quando pode acabar e como agir no seu caso.


👉 Assista agora: 



É rápido, objetivo e pode evitar muita dor de cabeça. Clique e veja — vale a pena!





Comentários


bottom of page